A maior vitória em jogos managers foi um empate

Friday, December 24, 2010

No post abaixo, o treinador André Renato cita sua maior vitória na carreira até então. Mas ali ele ainda era um novato, era praticamente tudo novo, e uma vitória fora de casa sobre o Chelsea realmente é um feito.

Agora, já mais experiente (no ano de 2014, mais precisamente), está mais seletivo quanto a escolher uma "partida da vida". Mas hoje ela aconteceu.

A primeira mudança no jeito de jogar foi no modo de visualização, já estou na terceira temporada assistindo aos jogos na opção Jogo Completo, que é assistir toda partida. Demora? Claro, mas é MUITO mais prazeroso, você se sente realmente técnico, e você dá a vida naquele jogo, você não quer ficar uns 50 minutos numa única partida e perdê-la, isso é mais motivamente que jogar em Lances-Chave, onde depois de 15 minutos você já tá em outra partida.

No post abaixo, o Newcastle ainda era frequentador da Copa da UEFA/Liga Europa. Já há três temporadas os Magpies disputam a Champions League, sempre com campanhas dignas.

Na primeira participação uma triste eliminação para o Lyon nas quartas de final. Após perder por 2 a 1 no St. James Park, fui ao Gerland já meio desanimado, sabedor da dificuldade que seria. Meu time jogou a melhor partida da temporada, fez 1 a 0, perdeu chances incríveis... Até que, aos 47 do 2º tempo, no abafa, jogando bolas na área, é marcado um pênalti a favor do Newcastle. Era só fazer e se classificar. Daniel Carvalho bateu pra fora. Eliminado. Última partida do meia no time.

Na temporada passada, a vingança: confronto diante do OL na semifinal, vitória por 2 a 1 em casa e empate por 1 a 1 na França. Até ali eu não havia cruzado com nenhum gigante: Celtic, Sporting e Lyon. Mas na final teria só o Barcelona, atual campeão.

Como eu jogava no 4-4-1-1 e o Barcelona no 4-1-2-1-2 e o vice-campeonato na Premier League já estava garantido há duas rodadas do fim, passei a testar o 4-1-4-1, pois o meia atacante, o MAC, costuma infernizar quem não joga com volante. Só que Lorik Cana, meu volante, tal qual Arshavin e James Milner, todos titulares, tomaram 3º amarelo na semifinal, precisei fazer improvisações numa final de Champions, como Kuyt de meia direita.

Estudei MUITO os jogos do Barcelona, assisti suas semis diante da Juventus, vi como o jogo era concentrado pelo centro, com toques curtos, bem parecido com o da vida real. Acertei bola na trave, jogador do Barça salvando bola em cima da linha em cabeçada de Andy Carroll... Até que sai o gol. Do Barcelona. Aos 41 minutos do 2º tempo. Fui com tudo pra frente, tomei o segundo gol aos 46. Descontei no minuto seguinte, gol de Kuyt, mas foi só, 2 a 1 Barcelona.

Quis o destino que, na temporada seguinte, um novo duelo fosse marcado. E é aí que entra o grande jogo do ano, mais especificamente o jogo de volta.

Após terminar em segundo num grupo com o líder Bayern de Munique, Spartak Moscou e Rangers, veio o sorteio, e as "bolinhas" colocaram frente a frente os atuais finalistas já nas 8as de final, tipo Bayern x Inter de Milão na vida real. Senti vontade de enfiar uma faca na barriga, por ser tão azarado.

Passados dezembro e janeiro, com a equipe lutando pela ponta na Premier League, chegou o momento do esperado reencontro. St. James Park abarrotado, 59.900 pessoas, faltaram 100 pra lotar.

Escalações:

Newcastle (4-4-2): De Gea; DD Sharp, Michael Dawson, Kjaer e DE Emanuelson; MD James Milner, Cana, Miguel Veloso e ME Ashley Young; Andy Carroll e Quagliarella.

Barcelona (4-1-2-1-2): Victor Valdés; Ivanovic, Micah Richards, Sakho e Bale; Yaya Touré; João Moutinho e Iniesta; Diego; Messi e Ben Arfa.

Carroll foi um monstro: gols aos 14', 37' e 41', com Ben Arfa (30') e Eto'o (40', em TOTAL impedimento, entrou no lugar do Diego) marcando pro Barça num primeiro tempo totalmente pelada. O 3 a 2 acabou sendo o placar final da partida.

Bom, venci o supertime do Barcelona, mas era evidente que eu não ficaria 90 minutos sem tomar gol no Camp Nou.

Nos jogos que observei do Barça, eles alternavam do 4-1-2-1-2 pro 4-2-3-1, e deduzi que utilizariam a segunda formação na volta, por estarem em desvantagem, já que nela não há volantes, são dois meias centrais e uma linha de três à frente. E realmente estava certo.

Jogo com Quagliarella, meu atacante da esquerda, com uma setinha curta pra trás, pois ele dá boas assistências pro canhoto Carroll fuzilar. No duelo 4-4-2 x 4-2-3-1 eu levaria desvantagem no meio campo. O italiano é um bom ladrão de bolas. Instruí-o a marcar individualmente João Moutinho, o meia central da direita. Ao mesmo tempo, em Miguel Veloso, meu meia central da esquerda, puxei uma setinha diagonal pra trás, pra ele pegar o MAC Diego. Cana teria a missão de marcar Iniesta, meus laterais pegariam os meias externos. Desse modo, a marcação encaixou, mesmo sacrificando um atacante de sua principal função.

Na figura abaixo, o italiano está grudado em João Moutinho (nº6), enquanto Miguel Veloso (nº17) está em Diego e Cana (nº6) em Iniesta (nº7).


Escalações:

Barcelona (4-2-3-1): Victor Valdés; Ivanovic, Micah Richards, Sakho e Bale; João Moutinho e Iniesta; Giovani dos Santos, Diego e Messi; Ben Arfa.

Newcastle (4-4-2): De Gea; Sharp, Michael Dawson, Kjaer e Emanuelson; James Milner, Cana, Miguel Veloso e Ashley Young; Andy Carroll e Quagliarella.

Newcastle dá a saída de bola, fica com ela nos pés até os 34 segundos, quando Cana, de fora da área, dá uma bomba que Valdés espalma por cima. Início promissor.

Ver a partida no Jogo Completo é coisa de outro mundo, você vê direitinho se a marcação encaixou ou não, se tem alguém sobrando, se aprende MUITO jogando assim.

Aos 9, outra boa chance, agora com Quagliarella, também de fora da área, Valdés espalmou outra por cima. Na cobrança de escanteio, o gigante Carroll, de 1,99m, cabeceia, a bola desvia em Sakho perto da linha e sai pra novo escanteio. Excelente início, mas eu sei o que costuma acontecer quando crio mil chances e não faço gol...

Aos 15 minutos, em cruzamento após uma cobrança rápida de lateral, Giovani dos Santos abre o placar para a equipe espanhola.

Estava jogando bem até então, e não havia motivos pra desespero, se eu não tomasse o segundo gol ainda no primeiro tempo tava bom, e não alterei nada, segui jogando de contra-ataque, com temporização rápida, passes direto, e assim terminou a etapa inicial, com 5 chutes do Barcelona contra 6 do Newcastle. Fiz um gol com Carroll aos 18, mas deram impedimento. Parece piada, mas NÃO ESTAVA IMPEDIDO. Segunda vez prejudicado, é só ver no "tira-teima" abaixo:


Bom, na etapa final sim o Barcelona começou muito superior, foi o momento onde, pela primeira vez nos 135 minutos jogados até então, que tomei pressão, com Ben Arfa perdendo duas chances absurdas aos 56' e 58'.

Mas o futebol é um tesão. Aos 66', Carroll foi puxado na entrada da área por Sakho. Na cobrança, no meu ÚNICO chute no segundo tempo, Ashley Young cobrou a falta, a bola desviou em Diego e matou o Valdés. 1 a 1.


Assim que saiu o gol, o Barcelona fez alterações, sacando Sakho (trocadilho sem querer) e Moutinho para entradas de Gabriel Milito e Yaya Touré, passando a atuar novamente no insuportável 4-1-2-1-2, com Messi de meia atacante e dos Santos e Ben Arfa no ataque.

Esse esquema é simplesmente um inferno de marcar. Como não joga com meias abertos, é difícil conseguir fazer Milner e Young, MD e ME, participarem com efetividade da marcação, ainda que teoricamente a função principal em termos de marcação seja pegar os laterais. Pensando nisso, resolvi subir a marcação dos meus laterais, pra eles ajudarem na marcação no meio campo. Quagliarella seguiria marcando o meia central da direita.

Nisso, optei por não fazer qualquer tipo de marcação no MDC Yaya Touré, imaginando que ele ficaria só de volante mesmo, sem subir. Felizmente jogo no Jogo Completo e logo vi que estava errado, ele subia como um meia, e aos 72' quase tomei um gol dele de fora da área, passou raspando. Refiz toda a marcação, agora com Quagliarella pegando o marfinense, e passei a jogar no máximo do Comprimento Curto, pra fechar mais o meio. Só que isso durou 3 minutos só, pois aos 75' o Barcelona mudou pro ainda mais irritante 4-2-4, tática que sofro gol em 80% das vezes.

Bom, lá fui eu novamente mexer na tática. Teoricamente, das três táticas utilizadas até agora, marcar o 4-2-4 é o menos complicado, já que dá pra ganhar bem o meio campo, mas já li muita gente que joga Football Manager há anos e não consegue uma solução confiável pra parar tal esquema.

No meu caso, resolvi seguir no 4-4-2, com Quagliarella pegando o meia central da direita (Touré), Cana o da esquerda (Iniesta) e Miguel Veloso na sobra, com Pressão Na Própria Área, pra praticamente ser um quinto zagueiro, já que a maioria das assistências de quando um time tá no 4-2-4 saem pelo meio dos zagueiros.

Aos 80 minutos, com o Barcelona já tendo feito as três alterações, Sharp dá uma entrada e tira Messi da partida. Gosto TANTO de jogar como se fosse uma partida de verdade e sou fã do Messi que juro, não gostei disso, queria um 11 contra 11, não contra 10. Claro, eu não tinha nada a ver com isso, então aproveitei pra sair um pouco da defesa, colocar Passe Curto e Temporização Lenta, pra tentar, agora com um a mais, gastar o tempo com a bola no pé, e não recuado. O Barça foi pro 4-4-1.

Do minuto 80 ao 91, exceto a entrada de Kuyt no lugar do exausto e aplaudido pelo treinador Quagliarella, não aconteceu nada, o Newcastle conseguia exercer com maestria a tática dos passes curtos e temporização lenta. Mas aos 91, um lance que quase infarta o treinador: bola alçada na área, Dawson afasta de cabeça pra frente da área, Giovani dos Santos ajeita pra Yaya, que enche o pé, De Gea dá rebote, Eto'o vai marcar... mas o bandeirinha assinala o impedimento. Dei um duplo twist carpado no quarto quando vi a bandeirinha surgindo na tela.


E eis que, aos 94 minutos, o árbitro encerra a partida, e o Newcastle, de maneira impensável, elimina o monstro Barcelona!

Gostaria de destacar três nomes: Simon Kjaer é o melhor zagueiro que tive até hoje, o cara é um monstro, muito em breve será o capitão do time (posto ocupado por Cana); Fabio Quagliarella é sempre um gigante quando preciso dele pra funções defensivas, joga com uma raça incrível, faz inúmeros desarmes, e Andy Carroll, matador, simplesmente matador, hat-trick no jogo de ida, num total de 31 gols na temporada em 29 jogos, atual Jogador do Ano dos Adeptos e segundo colocado no Avançado Europeu do Ano. Porém, seus atributos não correspondem a seu desempenho em campo, tanto que meu adjunto o lista como meramente jogador razoável e quarto melhor atacante do plantel. Já dentro de campo ele faz isso:


Meu vice-artilheiro na temporada é Victor Anichebe, com 18 gols. Quagliarella e Michalis Zouboulidis (atacante grego de 20 anos, extremamente promissor, do ótimo trabalho da rede de olheiros do clube) têm 11.

Tenho um jogo adiado pra fazer contra o Everton pela Premier League, ainda não sei quem enfrentarei nas quartas de final. Tirando Espanyol e um pouco o Lyon, só sobrou gigante: Real Madrid, Milan, Bayern de Munique, Arsenal e Liverpool. Arrisco no Bayern, pra reeditar o duelo da fase de grupos (4-0 em casa e 1-3 fora).

Atualizado 25/12: Newcastle x Liverpool (ambas equipes que, na Premier League, além de brigarem pelo título, estão invictas em casa), com o vencedor enfrentando Espanyol ou Milan na semifinal.
No outro lado da chave, Arsenal x Bayern e Lyon x Real Madrid.

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