Sob o objetivo de deixar o Championship Manager o mais próximo possível da vida real, decidi fazer uma reformulação na equipe, mas de forma gradual, sem botar nenhum garoto na fogueira. E, para isso, o garoto não precisa nem ter atributos espetaculares, pois a ideia é justamente que ele se desenvolva conforme vá atuando.
Alguns jogadores foram contratados bem novos, e só agora começam a jogar com mais regularidade. Outros, esses os que mais dou valor, são formados na própria base do clube.
Comecemos por um dos jogadores da base.
Em todos esses incríveis anos de CM, digo tranquilamente que Martin Förster é o jogador que mais pude influenciar em seu sucesso. Enfrentando um problema terrível no ataque e não suportando mais nomes como Soren Larsen, Aílton e Kuranyi, decidi olhar a base do time, em busca de qualquer atacante minimamente aproveitável. Dá para dizer que Aílton e Kuranyi foram fundamentais na carreira de Förster, pois graças a uma partida diante do Bayern de Munique, onde saíram, respectivamente, com notas 4 e 3, que minha paciência esgotou.
A estreia de Förster foi algo que beirou o absurdo: vitória por 1 x 0, assistência de Förster, nota 9, melhor em campo.
Evidente que era uma estreia promissora, mas não teria sentido outra partida dessas. É, mas Förster pensava diferente. Em sua segunda partida, vitória por 2 x 1, com 2 gols dele, nota 9, novamente o melhor em campo, deixando treinador e torcedores de queixo caído.
Veio a terceira partida: vitória por 3 x 0, um gol de Förster, nota 8, novamente o melhor em campo. Incrível.
E só não foi o melhor em campo na quarta partida porque Streit saiu com nota 10, mas Förster marcou mais uma vez, saindo de campo com nota 9.
Na quinta partida, vitória por 1 x 0 sobre o Hamburg. O melhor em campo? Förster, nota 9. Ou seja, em 5 jogos o garoto prodígio alemão conseguiu notas 9 9 8 9 9, algo que, sinceramente, creio que nunca mais verei, seja lá quantos anos eu ainda jogue Championship Manager.
A sexta partida foi marcante: empate por 1 x 1, com Förster anotando o gol e saindo de campo com nota 10, mais uma vez o melhor em campo. Em seis jogos, cinco vezes nomeado o melhor em campo.
Não me recordo exatamente dos números, mas antes da estreia, Förster valia algo como 400 mil euros. Após esse início fantástico, já valia 4 milhões. Hoje vale 41 milhões.
Martin Försten é hoje titular absoluto, apesar de, especificamente nessa temporada, não ter balançado tantas vezes as redes adversárias, até porque é uma temporada onde alguns garotos vêm tendo mais chances de atuar.
Contratado no meio da temporada passada, Predrag Nesic começa a apresentar um bom futebol, especialmente após a lesão do volante titular, Jermaine Jones, que permitirá a Nesic ser o volante do time pelos dois próximos meses. Teve com principal atuação a nota 8 na vitória sobre o Elversberg, pela Copa da Alemanha, onde acertou incríveis 103 passes de 108 tentados. O segundo jogador que melhor teve êxito nesse fundamento acertou "apenas" 73 passes.
A contratação de Nesic entra no objetivo citado logo no primeiro parágrafo: o Schalke da vida real não contrataria um Gerrard, um Cambiasso, um Essien ou um Xavi, portanto não faz sentido ter uma estrela mundial num time que na vida real não teria.
Voltando a um jogador da base do clube. Phillip Heller foi determinante na decisão sobre vender ou não vender o lateral Kléber para a Real Sociedad. A proposta (7 milhões) foi aceita, e Kobiashvili voltou a ser titular na posição, tendo Heller como reserva imediato. O jovem jogador conseguiu impressionar logo de cara, e cada vez mais, por ser um jogador veloz, vem sendo titular nas partidas em Gelsenkirchen, onde a obrigação de atacar é toda do Schalke. Por não possuir muitas características defensivas, e dependendo da necessidade, pode atuar como meia também.
Outro jogador da base é Andreas Reiss. Com toda certeza, em termos de atributos, Reiss é o mais fraco de todos, mas quando entra em campo não demonstra essa falta de qualidade em seus atributos, muito pelo contrário, com atuações muito além do esperado, com incríveis 3 gols e 6 assistências em apenas 10 jogos. Por ser um Médio Defensivo pela Direita, foi determinante também na venda do lateral Rafinha, por 10 Milhões. Reiss passou a ser o reserva imediato do agora titular Belletti, mas também pode jogar de meia direita, especialmente em função do atributo Cruzamento, muito responsável por suas seis assistências.
Leif Sjöstedt é um dos grandes achados na carreira de André Renato. As longas horas procurando jogadores em todos os países que lhe viessem na mente valeram a pena. Sjöstedt foi contratado com apenas 19 anos, praticamente de graça (750 mil) junto ao Norrköping. A sua evolução é impressionante, mas não consegue se firmar como titular, pois é quase impossível almejar titularidade numa zaga que tem Albrechtsen, Hofland e Vidic. Porém, será um dos pilares da defesa do Schalke daqui algumas temporadas.
Outra interessante descoberta foi a de Tomasz Michalski. Antes de mais nada, o polonês merece ter o nome de sua cidade aqui escrita: Ostrowiec Swietokrzyski. Fosse brasileiro, jogaria como Michalskinho Swietokryzskiano.
Enfim, Michalski tem atributos fabulosos para a sua idade, além da opção de jogar com ele de defensor pela esquerda, liberando o lateral direito mais do que o normal. Foi contratado por 775 mil, e já vale 2.2M.
Pra completar a sequência de nomes bonitos e de fácil pronúncia, falarei de Bernd Czyszczon, outro prata da casa.
Possuidor de atributos mentais fantásticos pra quem tem 17 anos, Czyszczon encontra a mesma dificuldade que Sjöstedt, que é a concorrência de zagueiros em altíssimo nível. Um dos atributos mais importantes, senão o mais, em jogadores jovens é o Índice de Trabalho, o que sugere que Czyszczon ainda evoluirá bastante, onde precisará melhorar seus atributos técnicos.
A torcida do Mainz não vai perdoar seus dirigentes tão cedo por terem perdido um talento como Dirk Schwartz. O jovem alemão, que assinou de graça com o Schalke, vem desequilibrando partidas, podendo atuar tanto como atacante quanto como meia direita, especialmente por sua velocidade. Suas notas, seus atributos e seu desempenho falam por si só.
Pra finalizar, nada melhor que um prata da casa: Rainer Teichmann.
O jovem avançado é muito promissor, especialmente por conta de seu Índice de Trabalho 20, e mesmo com poucas oportunidades devido a grande concorrência, Teichmann aproveitou bem as chances que teve, marcando seis gols. Se evoluir como já vem fazendo, tem tudo pra ser uma presença constante na equipe principal.
Jogar Championship Manager dessa maneira é bom demais, aproximando o máximo possível da realidade, sabendo dar chance aos jogadores, sem a pressão de a curto prazo serem craques, colocando aos poucos, mesclando com o time titular. É interessante também pegar um jogo complicadíssimo, como por exemplo Bayern de Munique fora de casa, escalar 10 titulares e decidir por um dos garotos pra que joguem essa partida, pra testá-lo num jogo onde ele possa realmente ser exigido, pois muitas vezes acaba sendo fácil atuar bem dentro de casa contra uma equipe menor.
Outra coisa primordial é, caso já esteja vencendo a partida por uma margem segura, colocar em campo os jovens jogadores, tanto pra rodá-los mais quanto também pra dar um descanso aos titulares.
E assim caminha o Schalke, buscando seu bicampeonato alemão e tri europeu.