A maior vitória da carreira em jogos managers

Wednesday, September 02, 2009

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Foi no Football Manager 2008, save do Newcastle. Pra quem não sabe, a cada nova versão a inteligência artificial dos jogos managers aumenta assustadoramente, se você não acertar a "mão", perde em casa pra times inexpressivos. Que dirá então quando enfrentam os grandes. E é isso que aconteceu, a maior partida da minha vida em visita ao Chelsea.


Chelsea 1 - 2 Newcastle
(Kalou 51'; Gastaldello 5' e Owen 31')

O "humilde" time do Chelsea veio assim escalado:



Não ia adiantar eu ter os habituais quatro meias e dois atacantes, então abri mão de um atacante, trouxe o habitual atacante Denneboom pra MD, e assim ficou:



A primeira instrução que já digo ter dado certo é a defesa em linha. A maioria dos times que jogam com um atacante, o cara fica muito impedido, o Chelsea acabou o jogo com 13 impedimentos, sendo 9 só do Drogba.

Depois, analisei como anular esse quinteto de meias bem ofensivos do Chelsea. Fui de jogador em jogador do Chelsea e li as características individuais, e uma coisa me chamou a atenção no Essien: "Chega tarde a área adversária", porque até então eu estava preocupado com o Lampard ("Entra na grande área adversária") e Modric ("Remata com efeito"). Foi a partir do que li no Essien que decidi usar marcação individual.



Eu não podia me defender 90 minutos, mas naturalmente ia jogar de contra-ataque. Tirei a opção "Jogar pelos dois flancos", deixei 'Misto', pois eu tinha no Arshavin ("Corre com a bola pelo meio"), meu jogador mais veloz, ou seja, perfeito pra pegar um time vindo pra cima. E ficou ainda mais perfeito com o "Chega tarde a área adversária" do Essien, pois não seria aquele meia que toda hora tá ali na sua área, então decidi que o Arshavin marcaria individualmente o Essien, assim o russo não ia recuar tanto pra fazer a marcação.

Lampard era quem mais me preocupava, os atributos dele são assustadores. Bom, eu tinha o Schaars na mesma 'direção', e ele ficou responsável pela marcação individual de Lampard. E uma coisa importante que fiz foi NÃO selecionar a opção "Marcação apertada" que todo jogador tem, porque se o Lampard passasse por ele (o que é bem provável, já que ele é habilidoso e marcação apertada faz o cara marcar que nem um louco, tipo o Tevez), ia fuder, meu outro volante estava com outro jogador.

Esse outro jogador era Vertonghen, que até a temporada passada era meu zagueiro (1,89m), mas ele é D MD MC EC, e sobrou pra ele a marcação individual em Modric. Sobraram Joe Cole e Kalou.

Neles não era prudente marcar individual, creio que nunca usarei marcação individual com alguém da última linha, é arriscado demais. Então, deixei meu time com Defesa Normal (tem Profunda, que é bem perto da sua área, e Alta, boa pra pressionar adversário), e fui no Gastaldello (DD) e Braafheid (DE) e coloquei "Pressão meio-campo", pra eles não esperarem o Joe Cole e o Kalou dominarem e virem pra cima pra aí sim marcar, mas sim já marcá-los em cima.

De resto, joguei em Mentalidade Defensiva, Comprimento Curto (tem Curto, Misto e Largo, o Largo é bom em casa contra times pequenos, que se fecham todo) e Perder Tempo Misto (tem Raramente, Misto e Frequentemente).

A CADA LANCE-CHAVE eu pausava e conferia se a marcação tava ajeitada, se o Arshavin tava no Essien, se o Schaars tava no Lampard e se o Vertonghen tava no Modric, e era incrível, estavam certinho, deu um orgulho absurdo.

Veio o intervalo e o Chelsea mudou pro 4-1-2-1-2, com Drogba e Kalou na frente, Modric de MAC, Essien e Lampard de MC e Ricardo Carvalho (entrou no lugar do J.Cole) de MDC. De cara eu pensei: "Agora os laterais vão subir que nem meias, pra ter um zagueiro de MDC...". Eu ia esperar o 2º tempo começar pra ver se ia precisar mesmo mais atenção com os laterais. Cogitei tirar a linha de impedimento, por ter agora dois atacantes, mas deixei. Felizmente.

Começou o 2º tempo e eu vi os laterais subindo pra cacete. Aí não ia ter jeito, tinha que marcar, peguei o Denneboom pra pegar individualmente o Bridge e o D.Carvalho pra pegar o Ivanovic. Coloquei ambos com "Pressão Meio-Campo", pra eles esperarem os laterais virem.

Ok, eles descontaram num escanteio. Mas eu tava muito bem no jogo, sem criar chance, mas anulando as do Chelsea, e a cada lance eu pausava e conferia a marcação.

Bom, lá pros 77', o Chelsea foi pro 4-2-4. Tirei o MC Arshavin (já tava cansado e amarelado) e coloquei Lorik Cana, volante, e passei a jogar com três volantes (MDC D, MDC C e MDC E), sendo o Vertonghen o MDC C com "Pressão na própria área", pra ele praticamente fazer uma linha de 5 na zaga. Os meias do Chelsea eram Lampard e Mikel, o MDC D Cana marcou o Lampard e o MDC E Schaars marcou o Mikel.
Funcionou TÃO bem que o Chelsea se viu obrigado a voltar ao 4-4-2, com MD e ME com setinhas até a frente.

Aí lá fui eu mudar de novo. Ah, quando foram pro 4-2-4, coloquei pros meus dois laterais "Pressão na própria área" também. Aí agora que foram 4-4-2 eu voltei com "Pressão meio-campo", pra não esperarem os MD e ME até a área, e sim darem combate na intermediária. Aí eu voltei a ter dois MDC e um MC, enquanto meus MD e ME seguiam marcando os laterais do Chelsea.

E o jogo acabou. Minha estimativa é que esse jogo tenha levado uns 25, 30 minutos. É disparado a minha maior partida, não devo ter e nem quero ter outra melhor que essa. E olha que jogo jogos managers desde a versão 1998/99 do Championship Manager.

Schalke 04: Apostando na base

Tuesday, May 12, 2009

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Save: Schalke 04

Sob o objetivo de deixar o Championship Manager o mais próximo possível da vida real, decidi fazer uma reformulação na equipe, mas de forma gradual, sem botar nenhum garoto na fogueira. E, para isso, o garoto não precisa nem ter atributos espetaculares, pois a ideia é justamente que ele se desenvolva conforme vá atuando.

Alguns jogadores foram contratados bem novos, e só agora começam a jogar com mais regularidade. Outros, esses os que mais dou valor, são formados na própria base do clube.

Comecemos por um dos jogadores da base.
Em todos esses incríveis anos de CM, digo tranquilamente que Martin Förster é o jogador que mais pude influenciar em seu sucesso. Enfrentando um problema terrível no ataque e não suportando mais nomes como Soren Larsen, Aílton e Kuranyi, decidi olhar a base do time, em busca de qualquer atacante minimamente aproveitável. Dá para dizer que Aílton e Kuranyi foram fundamentais na carreira de Förster, pois graças a uma partida diante do Bayern de Munique, onde saíram, respectivamente, com notas 4 e 3, que minha paciência esgotou.

A estreia de Förster foi algo que beirou o absurdo: vitória por 1 x 0, assistência de Förster, nota 9, melhor em campo.

Evidente que era uma estreia promissora, mas não teria sentido outra partida dessas. É, mas Förster pensava diferente. Em sua segunda partida, vitória por 2 x 1, com 2 gols dele, nota 9, novamente o melhor em campo, deixando treinador e torcedores de queixo caído.

Veio a terceira partida: vitória por 3 x 0, um gol de Förster, nota 8, novamente o melhor em campo. Incrível.
E só não foi o melhor em campo na quarta partida porque Streit saiu com nota 10, mas Förster marcou mais uma vez, saindo de campo com nota 9.

Na quinta partida, vitória por 1 x 0 sobre o Hamburg. O melhor em campo? Förster, nota 9. Ou seja, em 5 jogos o garoto prodígio alemão conseguiu notas 9 9 8 9 9, algo que, sinceramente, creio que nunca mais verei, seja lá quantos anos eu ainda jogue Championship Manager.

A sexta partida foi marcante: empate por 1 x 1, com Förster anotando o gol e saindo de campo com nota 10, mais uma vez o melhor em campo. Em seis jogos, cinco vezes nomeado o melhor em campo.

Não me recordo exatamente dos números, mas antes da estreia, Förster valia algo como 400 mil euros. Após esse início fantástico, já valia 4 milhões. Hoje vale 41 milhões.

Martin Försten é hoje titular absoluto, apesar de, especificamente nessa temporada, não ter balançado tantas vezes as redes adversárias, até porque é uma temporada onde alguns garotos vêm tendo mais chances de atuar.





















Contratado no meio da temporada passada, Predrag Nesic começa a apresentar um bom futebol, especialmente após a lesão do volante titular, Jermaine Jones, que permitirá a Nesic ser o volante do time pelos dois próximos meses. Teve com principal atuação a nota 8 na vitória sobre o Elversberg, pela Copa da Alemanha, onde acertou incríveis 103 passes de 108 tentados. O segundo jogador que melhor teve êxito nesse fundamento acertou "apenas" 73 passes.

A contratação de Nesic entra no objetivo citado logo no primeiro parágrafo: o Schalke da vida real não contrataria um Gerrard, um Cambiasso, um Essien ou um Xavi, portanto não faz sentido ter uma estrela mundial num time que na vida real não teria.





















Voltando a um jogador da base do clube. Phillip Heller foi determinante na decisão sobre vender ou não vender o lateral Kléber para a Real Sociedad. A proposta (7 milhões) foi aceita, e Kobiashvili voltou a ser titular na posição, tendo Heller como reserva imediato. O jovem jogador conseguiu impressionar logo de cara, e cada vez mais, por ser um jogador veloz, vem sendo titular nas partidas em Gelsenkirchen, onde a obrigação de atacar é toda do Schalke. Por não possuir muitas características defensivas, e dependendo da necessidade, pode atuar como meia também.




















Outro jogador da base é Andreas Reiss. Com toda certeza, em termos de atributos, Reiss é o mais fraco de todos, mas quando entra em campo não demonstra essa falta de qualidade em seus atributos, muito pelo contrário, com atuações muito além do esperado, com incríveis 3 gols e 6 assistências em apenas 10 jogos. Por ser um Médio Defensivo pela Direita, foi determinante também na venda do lateral Rafinha, por 10 Milhões. Reiss passou a ser o reserva imediato do agora titular Belletti, mas também pode jogar de meia direita, especialmente em função do atributo Cruzamento, muito responsável por suas seis assistências.





















Leif Sjöstedt é um dos grandes achados na carreira de André Renato. As longas horas procurando jogadores em todos os países que lhe viessem na mente valeram a pena. Sjöstedt foi contratado com apenas 19 anos, praticamente de graça (750 mil) junto ao Norrköping. A sua evolução é impressionante, mas não consegue se firmar como titular, pois é quase impossível almejar titularidade numa zaga que tem Albrechtsen, Hofland e Vidic. Porém, será um dos pilares da defesa do Schalke daqui algumas temporadas.





















Outra interessante descoberta foi a de Tomasz Michalski. Antes de mais nada, o polonês merece ter o nome de sua cidade aqui escrita: Ostrowiec Swietokrzyski. Fosse brasileiro, jogaria como Michalskinho Swietokryzskiano.
Enfim, Michalski tem atributos fabulosos para a sua idade, além da opção de jogar com ele de defensor pela esquerda, liberando o lateral direito mais do que o normal. Foi contratado por 775 mil, e já vale 2.2M.





















Pra completar a sequência de nomes bonitos e de fácil pronúncia, falarei de Bernd Czyszczon, outro prata da casa.
Possuidor de atributos mentais fantásticos pra quem tem 17 anos, Czyszczon encontra a mesma dificuldade que Sjöstedt, que é a concorrência de zagueiros em altíssimo nível. Um dos atributos mais importantes, senão o mais, em jogadores jovens é o Índice de Trabalho, o que sugere que Czyszczon ainda evoluirá bastante, onde precisará melhorar seus atributos técnicos.





















A torcida do Mainz não vai perdoar seus dirigentes tão cedo por terem perdido um talento como Dirk Schwartz. O jovem alemão, que assinou de graça com o Schalke, vem desequilibrando partidas, podendo atuar tanto como atacante quanto como meia direita, especialmente por sua velocidade. Suas notas, seus atributos e seu desempenho falam por si só.





















Pra finalizar, nada melhor que um prata da casa: Rainer Teichmann.
O jovem avançado é muito promissor, especialmente por conta de seu Índice de Trabalho 20, e mesmo com poucas oportunidades devido a grande concorrência, Teichmann aproveitou bem as chances que teve, marcando seis gols. Se evoluir como já vem fazendo, tem tudo pra ser uma presença constante na equipe principal.



















Jogar Championship Manager dessa maneira é bom demais, aproximando o máximo possível da realidade, sabendo dar chance aos jogadores, sem a pressão de a curto prazo serem craques, colocando aos poucos, mesclando com o time titular. É interessante também pegar um jogo complicadíssimo, como por exemplo Bayern de Munique fora de casa, escalar 10 titulares e decidir por um dos garotos pra que joguem essa partida, pra testá-lo num jogo onde ele possa realmente ser exigido, pois muitas vezes acaba sendo fácil atuar bem dentro de casa contra uma equipe menor.
Outra coisa primordial é, caso já esteja vencendo a partida por uma margem segura, colocar em campo os jovens jogadores, tanto pra rodá-los mais quanto também pra dar um descanso aos titulares.

E assim caminha o Schalke, buscando seu bicampeonato alemão e tri europeu.